1. Orientações necessárias
A cliente deve realizar higiene íntima habitual, com água e sabonete, somente externamente.
Nas 48 horas anteriores ao exame, é necessário seguir os cuidados abaixo:
não usar creme e/ou óvulo vaginal;
não utilizar ducha nem fazer lavagem interna;
não realizar exame ginecológico com toque e/ou ultra-sonografia transvaginal.
não manter relações sexuais, com ou sem uso de preservativos.
O ideal é não fazer o exame durante a menstruação.
2. Método
Exame microscópico após coloração pelo método de Gram, com descrição da celularidade, relato e quantificação dos microrganismos presentes e pesquisa de tricomonas a fresco ou por coloração.
3. Valor de referência
Presença somente de microrganismos considerados como flora habitual da vagina e pequena quantidade de leucócitos.
4. Interpretação e Comentários
O estudo permite a avaliação da flora bacteriana local, que, em mulheres adultas, é constituída predominantemente por bacilos gram-positivos (sobretudo de Doderlein), mas dá especial atenção a diplococos gram-negativos, intra ou extracelulares, com características de Neisseria gonorrhoeae, particularmente em material endocervical, e a bacilos gram-variáveis com características de Gardnerella vaginalis. A pesquisa de Trichomonas vaginalis é feita rotineiramente em exame direto a fresco e após coloração. Em casos de suspeita clínica de infecção gonocócica, a cultura é mais indicada por ter maior sensibilidade.
– Apesar de não ser o método de eleição, o exame permite detectar fungos e avaliar a presença de leucócitos e eritrócitos. Por se tratar de técnica que cora a parede celular, as bactérias desprovidas dessa estrutura, tais como a Mycoplasma e a Ureaplasma, e as de crescimento intracelular, como a Chlamydia, não são detectadas pelo método, o que implica a realização de exames específicos.