Para receitar o remédio certo ninguém melhor do que o médico
Depois de 20 anos atendendo em consultórios e maternidades de São Paulo, o ginecologista e obstetra Franco Loeb Chazan, formado pela Escola Paulista de Medicina – Unifesp, especializado em Perinatalogia pelo Hospital Israelita Albert Einstein, entre outras especializações, está desenvolvendo um trabalho educativo e preventivo junto a adolescentes e educadores nas escolas. No que diz respeito à gravidez precoce, prevenir é melhor do que medicar.
Há três anos trabalhando em parceria com ONGs, realizando atendimento médico e orientando jovens de abrigos, o doutor Franco decidiu, além de cuidar da saúde feminina em suas diversas fases, realizar esse trabalho com jovens, visando conscientizá-los sobre seu corpo, suas mudanças fisiológicas nessa etapa da vida, e as possíveis conseqüências da irresponsabilidade no uso desse corpo.
Engravidar não é brincar de casinha!
Trocar e pentear a boneca, niná-la e cuidar dela imitando o que as mães fazem com seus bebês é uma saudável brincadeira de infância. Colocar a roupa da mãe, usar sua maquiagem e bancar a mocinha é normal e faz parte do universo lúdico da criança. Mas o que organizações nacionais e internacionais de saúde mostram é que milhares de jovens entre 10 e 19 anos de idade estão tendo que deixar as brincadeiras e os estudos de lado por gravidez precoce. Excetuando-se os casos de estupro, a maioria dessas meninas, com seus 10, 11 anos, ainda deveria estar brincando de casinha.
No ano passado, cerca de 95 mil adolescentes tornaram-se mães, segundo pesquisa da Secretaria da Saúde e da Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados) somente no Estado de São Paulo.
Entre as principais consequências da gravidez na adolescência, conforme mostra levantamento da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), estão a evasão escolar, em primeiro lugar, e a baixa inserção no mercado de trabalho. Do grupo estudado no ambulatório de Planejamento Familiar da Universidade, 57,5 % das jovens interromperam os estudos durante a gravidez. Destas, apenas 27 % voltaram para as escolas.
No que se refere a trabalho, 75 % destas jovens mães não trabalham: 33 % não haviam conseguido uma colocação e as demais têm como principal ocupação cuidar dos filhos, por isso, não podem trabalhar. Das adolescentes que participaram da pesquisa e não são mães, 45 % não trabalham para estudar.
O que fazer para evitar que a brincadeira vire coisa séria?
Informação, neste caso, não é um ótimo remédio, é um excelente método preventivo. Prevenir a gravidez em si e lançar luz sobre o universo do adolescente, em suas dimensões fisiológicas, emocionais e sociais.
Entidades internacionais e pesquisadores de diversas universidades ressaltam que, para o sucesso desse trabalho preventivo, além do papel dos governos na área da educação e da saúde, as escolas, aliadas a profissionais da área, podem e devem trabalhar para que este que já é considerado um problema social, não vire crônico.
No ambiente escolar, às vezes mais do que em casa ou no consultório médico, o adolescente, junto dos colegas que passam pelas mesmas transformações, descobertas e conflitos, sente-se à vontade para expressar seus medos, suas dúvidas, abordar temas e questionar sobre assuntos relacionados à sexualidade, homossexualismo, preconceitos, a sexo seguro, gravidez, doenças,…
Impróprio para menores
Hoje, crianças e adolescentes têm acesso fácil a todo tipo de informação. Pertinente à idade, ou não.
Sensualidade, erotização… tudo muito precoce. Sexo não é coisa de criança. Mas, e a pedofilia?
Informar adequadamente, respeitando a fase de cada um, ainda é a melhor solução. Nesse âmbito, não basta proibir, deve-se esclarecer da melhor forma possível.
Além do bebê, tem a Aids, o aborto, as DSTs…
Levar o sexo na brincadeira, ou seja, de forma irresponsável, sem a devida segurança, pensando apenas na emoção; além do prazer do momento, do bebê depois de nove meses, e da mudança de vida para sempre, as consequências podem ser mais drásticas.
Relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que o número de casos de Aids entre adolescentes tem aumentado ano a ano, principalmente no sexo feminino. A taxa brasileira de gravidez precoce é maior do que em países pobres como o Sudão, o Iraque e a Índia, segundo a mesma fonte.
Por ser uma gravidez, na maioria dos casos, indesejada, a OMS (Organização Mundial de Saúde) adverte que, na América do Sul, ocorre o maior número de abortos clandestinos do mundo. Sendo a terceira causa de morte materna no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Aids, Sífilis, HPV (Papiloma vírus humano), herpes genital são algumas das DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) que são recorrentes entre os adolescentes com vida sexual ativa. Essas doenças acarretam sérias complicações de saúde se não forem diagnosticadas e tratadas com orientação de um médico o que, por medo ou vergonha, não ocorre em 70% dos casos, prevalecendo a auto-medicação.
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