Anticoncepcionais existem, prioritariamente, para evitar a gravidez. A menina que está iniciando sua vida sexual ou a mulher que tenha uma vida sexual ativa deve conversar com o ginecologista, conhecer os métodos contraceptivos, e optar por aquele que seja mais adequado ao seu estilo de vida e à sua saúde. Se houve uma relação sexual desprotegida, ou se a mulher se esqueceu de tomar o anticoncepcional naquele dia e teve uma relação, ou se durante o ato o preservativo tenha se rompido, ou em caso de abuso sexual, são todas situações que, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), justificariam o uso da chamada “pílula do dia seguinte’, que é um anticoncepcional para ser utilizado em casos de emergência, a fim de se evitar uma gestação indesejada. Notem bem: trata-se de uma indicação para uso esporádico, ocasional e deve ser prescrito por um especialista.
Como a “pílula do dia seguinte “atua?
A fertilização acontece quando o espermatozoide se une a um óvulo nas tubas uterinas. Esse ovo fecundado dirige-se à cavidade uterina e só será considerado “embrião” após se fixar ao endométrio (parede do útero). A partir de então, passa a se desenvolver e estar realmente “ligado” à mãe.
A “pílula do dia seguinte”, composta por levonorgestrel, um tipo de progesterona, neste caso tem a função de inibir ou retardar a ovulação, interferir no transporte ovular e dificultar a passagem do espermatozoide até o óvulo, fatores que intervêm na fertilização. O hormônio também impede que um óvulo fertilizado se implante no útero e faz com que ele seja eliminado através da menstruação.
A anticoncepção de emergência não tem nenhum efeito após a implantação ter se completado e não interrompe uma gravidez em andamento.
Para que seja realmente eficaz, a pílula deve ser ingerida o mais rápido possível após a relação sexual, preferencialmente até 24 horas, embora possa ser tomada em até 72 horas.
Por concentrar alta dose hormonal, a “pílula do dia seguinte”, se usada rotineiramente, pode desregular o ciclo menstrual, causar tonturas, enjoos, inchaços, entre outras complicações graves para a saúde da mulher. As complicações ocorrem quando o uso esporádico se transforma em rotina e, por ser uma questão de saúde, melhor do que se automedicar, é imprescindível conversar com seu ginecologista. Ele é a pessoa indicada para orientar nesta emergência!